sexta-feira, 16 de agosto de 2013

DEGUSTANDO VINHO COM GILVAN PASSOS E DAVID HUME



DEGUSTANDO VINHO COM GILVAN PASSOS E DAVID HUME

Vinho, vinho, acreditem que degustar tal festejada bebida não é para qualquer um.
Não degusto vinho. Bebo vinho para comemorar algo de bom. O interessante é que beber vinho só fica prazeroso quando ao lado de pessoas, de gente, de amigos.
Não há graça em degustar a bebida dos deuses sozinho, num canto de mesa ou sentado num banco alto encostado ao balcão de um bar ou pub.
Gilvan Passos, na TN,  sempre traz algo de novo e tenho certeza que  David Hume, o escocês de nascimento, ficaria encantado em degustar  uma botella com a presença de Gilvan.
Já tive a honra de ouvir os ensinamentos de Gilvan, quando assisti a uma palestra numa faculdade, na qual ele “decantou”  tudo o que só ele poderia pensar sobre o vinho.
Obviamente, o escocês Hume não pode, nem poderia estar presente, em face de já por este mundo das opiniões não poder estar.
Mas tenho certeza que se vivo estivesse, deixaria bem claro que as sensações propostas por Gilvan, passo a Passos, estariam permeadas por verdades.
Vejam o que extraímos na Tribuna do Norte, em 16.08.2013, em exposição do Mestre Gilvan:
“Há vinhos que são maravilhosos, há vinhos que estão ruins e há vinho que são ruins.”
O Escocês, filósofo, explicaria que tal conclusão de Passos se explicaria pelo fato de “Nada há no espírito que antes não tenha passado pelos sentidos”.
Hume diria também  “as sensações são mais vivas, mais fortes”.
Assim, degustar e apreciar o vinho se explica pelo  “impressionamento” que se tem de algo  e esse algo seria o vinho, tenho certeza.
Assim, “as sensações são mais vivas, mais fortes”, como bem se depreende na filosofia Humeana e que se bem pensado for, pode-se pensar e associar ao ato de degustação da tão falada bebida, que muito se tem falado e se experimentado nos últimos tempos.
E como é bom finalizar com as palavras do Mestre Gilvan: “É importante lembrar ainda que gostar ou não gostar depende de vários fatores intangíveis como ocasião, local e companhia com que se está bebendo, e até estado de espírito. Cada coisa dessas contribuindo com o todo para a nossa percepção global. Contemplar por esse ângulo o veredicto de qualidade do vinho leva-nos no mínimo a duas importantes conclusões. A primeira é precisamos respeitar o gosto do outro, uma vez que a ótica dele não é a mesma que a nossa. A segunda é que tudo no vinho requer paciência e todo julgamento precipitado resvala em equívocos e desditas depois. Todo bom apreciador é sempre cauteloso no que diz, mas não é questão de ser politicamente correto, trata-se de prudência para não ser verborrágico.” (Tribuna do Norte, agosto, 2013)

Va bene!

sábado, 10 de agosto de 2013

CRISE FISCAL SEM FIM?



*Boanerges Cezário


Os gestores públicos não podem mais fugir à necessidade de emprestar eficiência ao aparelho estatal. 
Como é sabido, em face das necessidades econômicas, de otimização e do uso racional da máquina estatal, é necessário que se planejem novos rumos para que a Administração Pública verdadeiramente trilhe no caminho do pleno desenvolvimento. 
Não se concebe desenvolvimento se uma folha de pessoal ultrapassa os limites da razoabilidade, engessando os investimentos em infraestrutura, que alavancam a economia, geram empregos e impostos.
Os administradores precisam fazer o seu “dever de casa”, ou seja, emprestar e exigir mais eficiência dos serviços públicos. 
Em matéria publicada no Jornal de Hoje, do dia 31.07.2013, ficou ali evidenciado que o ‘O Estado está tecnicamente quebrado”, deixando bem evidente a necessidade de correções e devidas adequações das despesas da máquina estatal.
Aliás, já em 2010, a imprensa noticiava que o TCE, naquele tempo, já concluia que um ponto nevrálgico a considerar era o crescimento em 90,7% no saldo da dívida ativa em relação a 2008, enquanto que a receita obtida com a sua cobrança foi de apenas 0,14%.

Assevero isso, pois essa novela não é de hoje e sempre a equipe que chega expõe o problema, fala que herdou dificuldades, mas soluções de verdade não aparecem muitas.
Administrar não é fácil e gerir a coisa pública mais difícil ainda.
Ninguém ainda lembrou, mas as Fazendas Estadual e Municipal já possuem as suas Varas Privativas para cobrança da dívida ativa. O desencadeamento de uma operação conjunta entre tais órgãos ensejaria um novo conceito de cobrança, haja vista em muitos casos os devedores serem comuns.
Nesse diapasão, cabe aos gestores revigorarem a execução e a cobrança da dívida ativa, bem como efetivar ações preventivas evitando a inscrição dos valores na dívida ativa.

Portanto, muita coisa há de ser feita, que se fôssemos elencar agora, aqui não seria o espaço adequado. 
O que interessa no momento seria redobrar esforços para efetivação de ações de gestão básicas, em busca da excelência na gestão, que aqui destacamos três: 

1) arrecadar melhor com mais eficiência, tendo as Secretarias de Fazenda e Tributação seu papel revigorado, incluindo reaparelhamento e qualificação de pessoal; 

2) incrementar a cobrança e execução da dívida ativa de forma mais eficaz, realizando concursos para ampliar o quadro de Servidores capazes de enfrentar o desafio de apresentar resultados na respectiva cobrança.

3)em relação à folha de pessoal, a definição de critérios de planos de capacitação de pessoal é sem dúvida um ponto a ser questionado e cobrado dos gestores e servidores, pois não adianta aumentar salários sem ensejar  melhoria na qualidade do serviço.


Antes só os Municípios pareciam ser o extrato onde a conta do descontrole aparecia mais evidente, agora o Estado também, mesmo com todo o aparato legal e fiscalizador que se tem hoje.


Por fim, há algum tempo, um jornalista de outro veiculo da imprensa daqui, falando sobre outra crise parecida, dizia o seguinte: “Crise há, sim, grande; mas não há mártires; nem ingênuos”.


A frase foi dita há três anos, mas ainda serve para hoje.


* Boanerges Cezário
Estudante de

 Geografia/UFRN
boanerges.cezario@gmail.com


sexta-feira, 24 de maio de 2013

HUME E O BIG DATA



HUME E O BIG DATA: ALGUMAS INDAGAÇÕES INTRODUTÓRIAS
Boanerges Cezário



RESUMO: o Big Data pensado e construído pela comunidade tecnológica traz a necessidade de revisitar conceitos e matrizes de pensamento que remontam ao pensamento Humeano. Refletir sobre Hume no mundo de hoje ainda é um marco norteador, pois até hoje há controvérsias sobre o inatismo e empirismo no mundo filosófico. A realidade do mundo caótico da internet vai muito além da aparência e da sensibilidade.

PALAVRAS CHAVE: Big Data. Hume. Inatismo. internet.Empirismo. Algoritmo

Breve introdução

O Grande filósofo empirista, o escocês David Hume, declarou certa vez que "O costume é, pois, o grande guia da vida humana. É o único princípio que torna útil nossa experiência e nos faz esperar, no futuro, uma série de eventos semelhantes aqueles que apareceram no passado" (COTRIM, p153, 2006).

Então, vejo esta semana que o tema instantâneo (pois na net é assim, tudo é rápido e hiperboliza em horas ou dias), ilustrado até na Revista Veja de 15.05.2014, é o BIG DATA.

Hoje em dia, há uma verdadeira explosão de dados trafegando na rede mundial, que engloba uma gama variada de assuntos. Coisas aparentemente inúteis a assuntos ligados a segurança mundial.

O BIG DATA é o que define esse conjunto de dados e informações que produzimos e inserimos no mundo digital.

Por incrível que pareça, não estamos falando em dados com certezas de planejamento, mas do caos, os chamados "dados não estruturados" (Veja, p. 72, mai, 2013).

A visão do momento é que a não estruturação, ou o que pensamos que seja, é valiosa, pois com as necessárias associações algorítmicas o que é ou foi considerado lixo pode ser útil e explicar, por exemplo, um perfil de um cliente que "vai às compras" na net, mas não as finaliza. Incrível, não?

Dados trafegando na internet, reunindo um conjunto de variados, alimentados por um usuário, que procure coisas aparentemente inúteis a assuntos pessoais, o Big Data realizaria suas conexões para delinear um aparente perfil daquele indivíduo.

Não quero adentrar na Metodologia da Ciência contemporânea ou mesmo partir para a discussão sobre o anarquismo epistemológico como queria Feyerabend.

Quero não ir muito longe, pois inoportuno no momento analisar a metafísica desde seus princípios em face da pequena extensão desse trabalho.

Queria sim provocar, e já estou provocando, uma leitura proposital sobre algumas conclusões efetivadas por David Hume, como se vivo estivesse, diante de uma análise sobre o fenômeno BIG DATA.

O escocês empirisita e cético, Hume, analisando apontamentos de sua teoria do conhecimento, mostrou "...
que o sujeito do conhecimento opera associando sensações, percepções e impressões recebidas pelos órgãos dos sentidos e retidas na memória. As ideias nada mais são do que hábitos mentais de associação de impressões semelhantes ou de impressões sucessivas.( CHAUI, p.204,2012).
Faço as seguintes perguntas:

sexta-feira, 10 de maio de 2013

SOBRE A COVARDIA

"numa época  em que a covardia impera como lei da alma, em busca frenética de felicidade,o pensamento tende a se refugiar na forma de migalhas que têm a mesma missão de guerrilha, combater em flashes e se esconder" Pondé citando Sloterdikj

quarta-feira, 3 de abril de 2013

O México na VEJA de 03.04.2013


Muito fraca a matéria sobre o México, vejamos:
01 falar que é opção vantajosa investir no México em face do aumento dos salários nos países asiáticos é vantagem para quem?
02 citar Lisa Schineller da Standard & Poor’s é outra balela, pois como americana ela deveria falar dos calotes do pais dela, desde 2008, que trouxe problemas para o mundo e não falar da volatilidade dos brasileiros;
03 dizer que carros mexicanos são mais baratos 45% do que os brasileiros também é outro argumento vazio, pois esquece de lembrar a que custo “as peças do mundo todo” são fabricadas;
04 mais na frente (pag. 62) fala quase nada sobre o narcotráfico, problema gravíssimo naquele pais,  mas “apagado” na reportagem;
05 e ainda ao final,  VEJA   noticia de forma patrioticamente mexicana  o “rebaixamento”d o IDH do Brasil baseada  num ranking de estatísticas defasadas...
Tem matérias que não se aproveita nada a não ser o exercício da dialética.