DEGUSTANDO
VINHO COM GILVAN PASSOS E DAVID HUME
Vinho,
vinho, acreditem que degustar tal festejada bebida não é para qualquer um.
Não
degusto vinho. Bebo vinho para comemorar algo de bom. O interessante é que
beber vinho só fica prazeroso quando ao lado de pessoas, de gente, de amigos.
Não
há graça em degustar a bebida dos deuses sozinho, num canto de mesa ou sentado
num banco alto encostado ao balcão de um bar ou pub.
Gilvan
Passos, na TN, sempre traz algo de novo
e tenho certeza que David Hume, o
escocês de nascimento, ficaria encantado em degustar uma botella
com a presença de Gilvan.
Já
tive a honra de ouvir os ensinamentos de Gilvan, quando assisti a uma palestra
numa faculdade, na qual ele “decantou”
tudo o que só ele poderia pensar sobre o vinho.
Obviamente,
o escocês Hume não pode, nem poderia estar presente, em face de já por este
mundo das opiniões não poder estar.
Mas
tenho certeza que se vivo estivesse, deixaria bem claro que as sensações
propostas por Gilvan, passo a Passos, estariam permeadas por verdades.
Vejam o que extraímos na Tribuna do Norte, em
16.08.2013, em exposição do Mestre Gilvan:
“Há vinhos que são maravilhosos, há vinhos que
estão ruins e há vinho que são ruins.”
O Escocês, filósofo, explicaria que tal conclusão
de Passos se explicaria pelo fato de “Nada há no espírito que antes não tenha
passado pelos sentidos”.
Hume diria também “as sensações são mais vivas, mais fortes”.
Assim, degustar e apreciar o vinho se explica
pelo “impressionamento” que se tem de
algo e esse algo seria o vinho, tenho
certeza.
Assim, “as sensações são mais vivas, mais
fortes”, como bem se depreende na filosofia Humeana e que se bem pensado for, pode-se
pensar e associar ao ato de degustação da tão falada bebida, que muito se tem
falado e se experimentado nos últimos tempos.
E como é bom finalizar com as palavras do
Mestre Gilvan: “É importante lembrar ainda que gostar ou não gostar depende de
vários fatores intangíveis como ocasião, local e companhia com que se está
bebendo, e até estado de espírito. Cada coisa dessas contribuindo com o todo
para a nossa percepção global. Contemplar por esse ângulo o veredicto de
qualidade do vinho leva-nos no mínimo a duas importantes conclusões. A primeira
é precisamos respeitar o gosto do outro, uma vez que a ótica dele não é a mesma
que a nossa. A segunda é que tudo no vinho requer paciência e todo julgamento
precipitado resvala em equívocos e desditas depois. Todo bom apreciador é
sempre cauteloso no que diz, mas não é questão de ser politicamente correto,
trata-se de prudência para não ser verborrágico.” (Tribuna do Norte, agosto,
2013)
Va bene!